sexta-feira, agosto 25, 2006

Sua escola é uma bagunça?

Gestão

Sua escola é uma bagunça?

Brasílio Neto


Quando se coloca "escola" e bagunça" na mesma frase, a imagem mental é imediata: um pátio cheio de crianças correndo e gritando, aviõezinhos de papel voando na sala de aula. Porém, pode ser que a bagunça, bagunça mesmo, esteja do outro lado, na parte administrativa e burocrática de sua escola.

Procedimentos que ninguém sabe para que servem, excesso de burocracia, dificuldade de comunicação entre os níveis. É só olhar em volta, você vai notar dezenas de exemplos dessa falta de organização. Mas, para ilustrar, vamos ficar com a faculdade que freqüentei. Havia uma máquina de xerox disponível aos alunos, e era cobrado um preço por cópia ligeiramente inferior ao do mercado.

Para tirar a bendita cópia, primeiro tínhamos de entrar na fila do guichê do Protocolo, onde se amontoavam os mais diversos problemas: alunos que pediam revisão de prova, levavam atestados médicos, entregavam monografias, solicitavam bolsa... e também os pobres coitados que queriam apenas tirar duas cópias do caderno do colega. Não havia escapatória. Todos iam ao Protocolo, faziam o pedido, pagavam taxas se necessário, e saiam com um papel datado e carimbado.

Após isso, lá iamos nós enfrentar a fila do xerox, com o papel carimbado e datado na mão, solicitar nossas duas ou três cópias.

Faça as contas: mandar imprimir blocos timbrados e manter um funcionário para carimbar e datar uma folha que afirma que você pagou oito centavos e pode tirar duas cópias, além de manter outro funcionário no xerox. Faz sentido para você? Tudo bem. Não fazia sentido para nós também. Tanto que na hora do intervalo era uma debandada para tirar xerox na pequena papelaria na frente da faculdade. E, já que estávamos fora mesmo, muitos aproveitavam para comer e jogar sinuca no botequim ao lado.

Ou seja, um pequeno procedimento conseguia fazer com que muitos alunos parassem de gastar tanto no xerox como na cantina da instituição.

A bagunça, como se vê, não é aquela física. Fazer uma faxina na escola ajuda. Mas não resolve o problema.

Mitos da desorganização – Existem diversas desculpas para não se organizar uma escola. A mais cômoda delas é que as coisas sempre foram feitas daquele jeito. Até pode ser. As coisas sempre foram feitas daquele jeito. E desde que as coisas começaram a ser feitas, disciplinas como educação Moral e Cívica desapareceram, a informática invadiu a escola, novos livros didáticos e teorias de educação foram escritas, os PCN’s surgiram, veio o Provão e o Enem. Faz sentido deixar tudo como sempre está?

Veja mais alguns mitos da desorganização:

As pessoas nascem desorganizadas ou ordeiras e não dá para mudar
Não? Puxe pela memória, os dias em que você sentava do outro lado da sala de aula. Caderno novo na sua frente. Você passa a mão pela primeira página, alva, limpa, cheirando a novo. E nessa primeira página você escrevia no maior capricho. E seguia firme na resolução de manter o caderno bonito até.... até a décima página, onde começam a surgir rabiscos na margem, a caneta vermelha não é mais usada para sublinhar títulos, as últimas páginas são destinadas aos jogos de forca, jogo-da-velha e batalha-naval e assim por diante. Organização não é questão de habilidades especiais, é questão de bom senso, atitude e vontade. Apenas isso.

Usem o e-mail, vamos acabar com todos os papéis da nossa escola
Isso não é resolver o problema, é transferir a situação de um local visível (mesas e pastas dos professores) para uma região escondida (as entranhas dos computadores). Não ataque os sintomas, vá atrás dos motivos que causam a burocracia e a papelada.

"Eu sei onde tudo está"
Essa é a frase preferida do professor e coordenador veterano. Realmente, você pode vedar os olhos de alguns e colocá-los em frente a um armário abarrotado de papéis e pedir qualquer documento, que eles acham. Só que imagine que essa coordenadora tirou licença maternidade e o velho professor pegou uma gripe daquelas e vai precisar faltar uma semana. E agora, quem sabe onde tudo está? Arrume e simplifique.
A realidade escolar para supervisores e orientadores


A Educação nos dias de hoje de vê acompanhar os avanços que acontecem no mundo, com muita rapidez, evolução e quantidade de informações e que estão juntos a bagagem escolar, tornando desafiador encontrar e explorar todos esses conhecimentos e até mesmo adaptar-se nesse mundo de mudanças.
Buscando respostas para a importante missão da educação são apresentadas as quatro aprendizagens fundamentais, que podem ser as bases para o individuo com relação ao conhecimento, por toda a vida: o ‘ aprender a conhecer’ que é buscar instrumentos da compreensão, onde cada um possa aprender a compreender o mundo que o rodeia, ao menos na medida em que isso lhe é necessário para viver dignamente, aprender com prazer e alegria é mais fecundo, isso faz com que durante toda vida se continue a aprender. O ‘ aprender a fazer’ não está separado de aprender a conhecer e está ligado a questão de como pôr em pratica aquilo que se aprende, ou seja, a adaptação da educação ao trabalho e a sobrevivência, é a fusão da formação técnica com o comportamento social, a capacidade de trabalhar em equipe, ter iniciativa e principalmente desenvolver a capacidade de estabelecer relações estáveis e eficazes entre pessoas. ‘ Aprender a conviver’ representa um dos maiores desafios da educação, sem dúvida, pois exige o respeito às diferenças, mesmo vivendo num mundo em constantes alterações. Estimular a participação em projetos comuns é um grande auxilio para melhorar a convivência. Já o ‘ aprender a ser’ pede o desenvolvimento total da pessoa e a contribuição da Educação, onde o ser humano deve ser preparado, conhecendo a si mesmo e desenvolvendo sua personalidade, para elaborar seus próprios pensamentos, valores e assim tomar as decisões nas diferentes circunstancias da vida.
Por isso importa conceber a educação como um todo e esta perspectiva devem orientar as discussões das propostas educativas com base nesses quatro piares, que buscam a cooperação, potencializando a comunicação e melhorando as relações entre pessoas.
Assim, a comunicação se torna um grande canal na Educação, tanto de informação, como de expressão emocional, de controle e de motivação, pó ser um processo onde envolve o emissor e o receptor, ou seja, a fonte de comunicação, a mensagem e sua codificação, usando de um canal onde é decodificada essa mensagem, até chegar ao receptor e que esse, em seguida dá o retorno, que é o elo final, onde sinaliza o sucesso da comunicação, se a compreensão foi alcançada ou não.
Quando se trata de comunicação, seja ela verbal ou não verbal, devem ser considerados todos os procedimentos que envolvem, pois os gestos, o tom de voz, a postura, a entonação de voz entre outros, vão tornar essa comunicação mais eficaz.
Um fator a ser considerado é a comunicação nas diferentes culturas, pois um gesto que é conhecido e aceito numa determinada cultura, pode não ser em entre outra. Há o cuidado no uso das palavras, diz se nos dias de hoje, a comunicação politicamente correta, observando e trocando palavras para não intimidar, envergonhar ou constranger, usando da sensibilidade aos sentimentos dos outros, encontrando o equilíbrio e a clareza na comunicação.
Deve-se lembrar que há a comunicação eletrônica que está revolucionando e diminuindo o tempo e a distancia, onde tudo acontece instantaneamente e com uma linguagem própria, que vai aparecendo nesse meio, sendo o uso dessa tecnologia um processo que está mudando a comunicação até então utilizada.
Um instrumento muito utilizado para facilitar a comunicação entre as pessoas é a Dinâmica de grupo, onde os grupos podem ser formados por interesse próprio de seus membros – um grupo espontâneo, ou formado pela indicação, imposição ou opressão exterior, que são os grupos artificiais e geralmente nesses grupos há a presença do líder, que pode ser um líder imposto, escolhido por alguém de fora do grupo, geralmente o professor, ou escolha espontânea de seus membros que pode ser mais democrática e dinâmico.
Até os seis anosas crianças ainda ano tem um grupo coeso, soa agrupamentos flexíveis, com pouca organização grupal, com interesses mais individuais sendo forte o egocentrismo e a agressividade em relação ao grupo. a partir daí aumenta a sociabilidade, melhorando as relações entre os participantes do grupo e chegando na adolescência o grupo toma suas características próprias,buscando auto-afirmação, autonomia e carregada de oposição além de ser limitativo e agressivo, existindo ainda a preocupação com aqueles que não se adaptam a grupos e se dirigem a gangs, implicando para essa criança ou adolescente a necessidade de ser aceito pelos outros.
Em Educação há o reconhecimento dos processos de grupos que auxiliam nos trabalhos coletivos, para a vivencia em sociedade de forma participativa e contribuem para compreensão das forças múltiplas e complexas e se o professor souber trabalhar bem com o grupo pode ajudar a cada um de seus membros a se sentirem bem e úteis no grupo e o grupo pode ajudar na formação desse cidadão e essa troca aumenta a produção e o interesse dos participantes e melhoram as relações interpessoais.
Juntando a isso a PNL, que é provavelmente a maneira mais fácil de explicar a aplicação da PNL na educação pelo uso das técnicas de modelagem de PNL e do uso dos níveis lógicos de experiência.
Sendo os níveis: Espiritual/sistema maior; Identidade; Crenças e valores; Capacidade; Comportamento; Ambiente;
A PNL nos oferece estratégias para entender certos comportamentos em sala de aula/escola/meio, como: rebeldia, mau-humor, fuma, usa drogas, etc., são comportamentos negativos que possuem intenção positiva, ou seja, para chamar a atenção de pais, professores ou da sociedade.
Todos os assuntos colocados são importantes para realizar o trabalho de supervisão e orientação na escola, tudo é necessário tanto à comunicação quanto a neurolingüistica ou a dinâmica de grupos.
Para amenizar tais problemas da escola, que são muitos e profundos, são usadas as estratégias de motivação e dinâmicas, comunicação eficiente, entre outras. Porém a carga de problemas é tanto grande que está gerando estresse, cansaço, neuroses, desanimo em todo o corpo escolar, sendo isso o mal do século.
As dinâmicas de grupo em educação contribui para a nossa prática, para isso devemos tecer elogios aos grupos de classe,trabalhar em beneficio da coesão da classe e oferecer oportunidade de comunicação aos alunos, se a comunicação for limitado rendimento também será limitado. A comunicação exige coerência, montar grupos que facilitam o desenvolvimento do aluno e não que beneficie o professor.
Usar metodologias adequadas ao grupo evitando a hostilidade e a agressividade do aluno.
Observar os alunos individuais e grupais. Aplicando as didáticas apropriadas as dinâmicas de grupo, moderar os trabalhos em grupos,nem tudo é positivo em grupo. Mas sempre, é preciso, valorizar as frases dos alunos tanto em grupo quando individual.