terça-feira, março 06, 2007

Escola Cidadã


O texto de Moacir Gadotti e José Eustáquio Romão vem falar sobre a condição das escolas, a concepção de cidadã.
Na verdade, a escola, enquanto instituição pode realizar tarefas como:
· A formação para a cidadania ativa.
· A educação para o desenvolvimento.
Os autores acreditam que a escola tem o poder, a condição de incorporar, inserir milhões de brasileiros a cidadania, e isso com certeza mudará a postura destes cidadãos perante a sociedade civil.
Com relação a desenvolvimento, a educação é a condição primordial capaz de desenvolver um país em questões auto-sustentáveis.
A educação básica assume um papel de suma importância no desenvolvimento da cidadania, não será somente organizações e movimentos sociais que trarão, por exemplo, uma melhor distribuição de renda, ou uma melhor condição entre classes.A educação básica e de qualidade, tem de ser suficiente para preparar os jovens(futuro) para o trabalho, para a vida.
Hoje no Brasil, investir mais em educação significa também rever o modelo de gestão da escola pública.
No início quando as escolas foram formadas elas eram tomadas pela iniciativa privada e estavam adequadas as necessidades dos poucos que tinham condições para freqüenta-las, até que houve uma intervenção do Estado que expandiu a oportunidade, para que fosse mais acessível, no entanto o Estado não preparou tais escolas para as possíveis conseqüências de tal processo modificador.
Na nossa Constituição promulgada em 1.988 o tema da autonomia da escola instituiu a “democracia participativa”. A constituição no artigo 206 estabelece princípios básicos pedagógicos: “o pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e gestão democrática” do ensino público são princípios da autonomia da escola.
O conceito da autonomia pode ser encontrado por diversos olhares:
*Jhon Locke “Auto-governo”
* Makarenko e Pistrak “Auto-organização dos alunos”
*Adolph Ferriere e Jean Piaget “Papel importante na socialização gradual das crianças”
*Alexander S. Neik “ Escola controlada autônomamente pelos alunos”.
A escola precisa preparar o indivíduo para autonomia pessoal, e para sua inserção na comunidade.
Não se deve confundir Autonomia com Autogestão, assim como Autogestão não se confunde com Participação. Já que Participar significa engajar-se em algo existente e Autogestão visa à transformação.
Um caso mais próximo da autogestão é a Cooperativa, porque são os próprios trabalhadores que remuneram os dirigentes.
Autonomia e Autogestão, não são conceitos neutros, podem significar muitas coisas. Ambas estão fundadas na ética. A teoria pedagógica não é nada sem a ética.
Para compreendermos melhor a organização do trabalho na escola cidadã, enfatizaremos a divisão social do trabalho, ou seja, uns mandam e outros apenas executam tarefas que para eles nem sentido fazem.
O movimento para renovação da educação está presente em várias partes do mundo, não se limita a estar em um só lugar. Em questões do Brasil, para que houvessem mudanças nas instituições escolares podemos destacar três traços marcantes:
_ampliação da jornada escolar
_atendimento integral
_participação comunitária
Críticas da autonomia escolar temem que traços como estes, se colocados em prática, levam o Estado a não mais ser o responsável a oferecer uma educação pública, gratuita e de qualidade pra todos.
“A Participação e a Democratização em um sistema público de ensino é um meio prático de formação para a cidadania”.
Na escola um plano de participação que vise a democratização das decisões inserindo a autonomia, deve conter: *autonomia dos movimentos sociais e de suas organizações em relação a administração pública.
*abertura de canais de participação pela administração.
*transparência administrativa, isto é democratização das informações.
A população deve ser ativa e presente para apropriar-se das informações desde o funcionamento da administração e orçamento, os funcionários, a infra-estrutura e até mesmo a proposta pedagógica.