sexta-feira, setembro 08, 2006

Associaçao de surdos de Sinop-MT















Associaçao de surdos de Sinop-MT
No desflie de 07 de setembro de 2006, Associaçao de surdos de Sinop, dirigida por Walmir Selegrinini, desfilou pela primeira vez, sendo saudada pela populaçao da cidade com alegria.
A professora, interprete, adorada por todos eles, Marizete webber (a loira da ponta),
que os acompanha sempre, e como tal os acompanhou para colocá-los a par das falas do palanque central.
Como professora interprete ela aprende com eles nos sinais e auxilia-os com os problemas deles. Assim ambos se ajudam. Ela é uma pessoa competentíssima no que faz e precisa ser recompensada e reconhecida.

LIBRAS, ou Língua Brasileira de Sinais, é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática semântica, pragmática sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental lingüístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. Foi na década de 60 que as línguas de sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela lingüística. Pesquisas com filhos surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como Segunda língua para os surdos. Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas. A Língua de Sinais apresenta, por ser uma língua, um período crítico precoce para sua aquisição, considerando-se que a forma de comunicação natural é aquela para o qual o sujeito está mais bem preparado, levando-se em conta a noção de conforto estabelecido diante de qualquer tipo de aquisição na tenra idade.



Língua de Sinais será obrigatória
IGOR VEIGA
Portadores de deficiência auditiva matriculados em instituições de ensino em todo país estão perto de ganhar um novo aliado na busca pela melhoria na qualidade da aprendizagem. Previsto para este semestre, um decreto vai regularizar a Língua Brasileira de Sinais (Libras), que foi instituída em 2002 como o meio de comunicação oficial dos surdos brasileiros.
O documento vai exigir com que a Libras seja componente curricular obrigatório nos cursos de formação de professores de magistério, no ensino médio, e superior, abrangendo as graduações em fonoaudiologia, pedagogia e letras com licenciatura em língua portuguesa das instituições de ensino públicas e privadas do país.
O decreto também deverá prever que a Libras poderá ser disciplina optativa nos demais cursos superiores. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o projeto encontra-se desde novembro em fase de consulta pública, na Casa Civil da República, em Brasília.
Até o próximo dia 3, o documento recebe críticas e sugestões da população e depois segue para sanção do presidente Lula.
Inclusão Para a assessora técnica da Secretaria de Educação Especial (Seesp), Marlene Gotti, a implantação do decreto vai significar a inclusão educacional dos deficientes auditivos brasileiros.
"A proposta é que, em dez anos, a contar da publicação, as universidades possam oferecer a Libras em todas as licenciaturas", disse Marlene Gotti. Segundo a assessora do MEC, a falta de preparo dos profissionais em educação para lecionar as disciplinas têm representado ao longo dos anos uma barreira ao bom aproveitamento dos deficientes auditivos nas escolas.
"Isso reflete na exclusão educativa e social das pessoas surdas, que não conseguem entender o que está sendo falado pelo professor e sequer acompanhar os conteúdos transmitidos em sala de aula."
Conforme Marlene Gotti, com a promulgação do decreto, o MEC espera criar um novo segmento educacional como intérpretes e tradutores em Libras. "As aulas serão dadas em português normalmente, mas com a participação de um intérprete para os surdos", explica.

Jornal O Tempo dia 30 de Março De 2005 -

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